Vereador de Caraá tem diploma cassado por compra de votos 2a2g5i
◔ 05/06/2025 21h02min ‣ Categoria: Política ‣ Tags: #Vereador de Caraá tem diploma cassado #vereador Fabiano dos Santos de Caraá #cassação vereador de Cará #Caraá
A pedido do Ministério Público Eleitoral em ação de investigação judicial eleitoral (AIJE), a Justiça decretou a cassação do registro e do diploma de vereador de Caraá Fabiano Santos da Silva (Republicanos) por compra de votos, nesta quarta-feira, 4 de junho.
A Justiça Eleitoral também declarou a inelegibilidade do vereador pelo prazo de oito anos a contar da eleição de 2024 e considerou nulos os votos obtidos pelo réu, que devem ser distribuídos aos demais partidos que alcançaram o quociente partidário. Foi também aplicada pena de multa.
O promotor Eleitoral Camilo Vargas Santana, autor da ação, ressaltou que o eleitor que denunciou o caso prestou depoimento na Promotoria de Justiça e mostrou as conversas no celular que comprovaram a oferta de compra de votos por pix pelo então candidato a vereador. O MPRS instaurou procedimento investigatório eleitoral e, em paralelo, requisitou a instauração de inquérito à Polícia Federal. As provas colhidas nesses dois expedientes demonstraram que a conduta foi massiva, alcançando quase uma centena de eleitores, configurando o abuso de poder econômico e a captação ilícita de sufrágio, por meio da compra de votos. Também ficou comprovado que um irmão do candidato, dono de uma empresa de terraplenagem, ofereceu cargas de saibro e serviço de hora/máquina em troca de votos.
Segundo o promotor, “o candidato foi o mais votado na eleição para vereador, demonstrando que a prática ilícita afetou e desigualou as condições de concorrência entre os demais candidatos. Trata-se de uma conduta gravíssima, pois deslegitima o processo eleitoral e gera a crença de que somente se elege quem compra votos. Assim, a decisão da Justiça Eleitoral serve como punição exemplar para que esse tipo de conduta não se repita em outras eleições.”
Na Justiça, a defesa do vereador pediu a nulidade do processo, alegando que provas teriam sido anexadas fora do prazo legal. Também afirmou que as ações do parlamentar foram motivadas por ajuda à comunidade, sem intenção de obter retorno político.
Fabiano chegou a ser preso preventivamente em março, após denúncia de coação de testemunha. Dias após a prisão, o político foi solto, com a obrigação de usar tornozeleira eletrônica como medida cautelar.
Como a decisão é de primeira instância, o vereador pode manter no cargo até decisão de possíveis recursos. Atualmente o vereador está licenciado.
Foto- Divulgação Câmara Caraá
Com informações do Ministério Público , Câmara de Caraá e GZH